maio 29, 2005



noite

"(...) A noite sempre me serviu de amparo e ombro. Mas é nela que o sofrimento é mais atroz.
Chega com as estrelas, de mansinho.
Perturba e conturba como uma intuição que não percebemos.
(...) Ao acordar, tudo mudou
Todo o breu que passou a noite comigo, se foi. como tu.
Hoje parece-me que o tempo não é pesado, não tão pesado quanto ontem.
Deito-me numa cama que recebeu um corpo fustigado pelas suas próprias forças
E que hoje se ressente.
Está farto de me gritar o quão mal lhe fiz, o quanto doeu sentir todo aquele breu.
Partilhar a cama com demónios e inseguranças, dúvidas e decepções, desfaz sonhos e acorda-te de sonos que devias dormir.
Mas é partilha. e experiência. só eu e a noite é que sabemos.
Hoje o dia nasceu de novo.
O pior que podia ter acontecido não aconteceu.
Sorrio. Respiro. E vivo de novo."
00.00.05

1 Comments:

Blogger cigana said...

..fizeste.me sentir ao promenor, na dança das tuas palavras...simples e puro sentir, tens esse dom..

4:31 da manhã  

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